Olá a todos! O que acham da "Anacrônico" desse mês ser musical?
Eu estava focada em escolher um álbum para revisar, mas essa acabou por se mostrar uma escolha muito difícil. Qual álbum?, era a pergunta. Então precisei ir mais fundo: qual banda?, e isso foi mais difícil ainda. Música é algo muito presente em minha vida para ser limitada assim.
Deixei minhas execuções decidirem por mim. A banda que eu mais ouvi no último mês foi nada mais, nada menos que a My Chemical Romance, e é dela que vou falar agora.
Primeiro, o básico: foi formada em 2001, em New Jersey, inicialmente por Gerard Way (vocalista) e Matt Pelissier (baterista). Já começaram com impacto: a primeira música, Skylines and Turnstiles, foi escrita por Gerard a respeito dos ataques de 11 de setembro no World Trade Center. Pode-se entender, então, que a primeira frase oficial da banda tenha sido a primeira dessa música: "Você não está nisso sozinho". E ela exemplifica bem o que o MCRmy (os fãs) querem dizer quando afirmam que a banda "salvou suas vidas".
O primeiro álbum veio em 2002, já com Mikey Way (irmão de Gerard), Frank Iero e Ray Toro no grupo, batizado de I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love, ou simplesmente Bullets. Conceitual, o álbum conta a história dos "Amantes Demolidores", misturando sangue, amor e morte em músicas intensas como Our Lady of Sorrows, introspectivas como Demolition Lovers e até mesmo morbidamente divertidas como Headfirst for Halos.
O segundo CD, de 2004, foi o que trouxe a primeira grande leva de sucesso: Three Cheers for Sweet Revenge. Além de continuar com o enredo do primeiro álbum, diretamente ligado à faixa "Demolition Lovers", ele traz uma sonoridade diferente, mas ainda assim forte. Helena, I'm Not Okay (I Promise) e The Ghost of You são algumas das minhas favoritas.
Em 2006, Matt já não estava mais com o grupo, e o mais conhecido – e também mais querido dos fãs – baterista Bob Bryar havia assumido seu posto. Nesse ano eles lançaram The Black Parade, na minha opinião seu melhor álbum, mesmo que tenham mudado um pouco mais fortemente a sonoridade. Também conceitual, mas independente dos dois primeiros, TBP fala sobre morte, dor e superação; e ainda com uma pitada de humor.Dead!, Mama e Famous Last Words mostram bem a ironia, o humor negro e a profundidade da banda em suas letras e melodias. O enredo, com personagens como O Paciente, a Mãe Guerra e suas filhas Medo e Arrependimento, é algo que definitivamente vale a pena ser conhecido. Muitos dizem que o clipe de Welcome To The Black Parade (bem como a própria música) é um resumo do álbum, e eu concordo, além de ser uma música incrível.
Vejam o vídeo abaixo:
Depois do maior intervalo de tempo até então – ainda que com singles e um cover de Bob Dylan cobrindo o espaço vago – eles lançaram seu quarto álbum, em 2010: Danger Days: The True Lives of The Fabulous Killjoys. Esse provocou um alvoroço diferente entre os fãs. Bob Bryar saíra da banda por motivos desconhecidos, deixando saudades em todo o MCRmy, e o estilo musical se alterou notavelmente; não se parecia com nenhum dos álbuns anteriores, e como consequência do medo que a maioria das pessoas têm de mudanças, as acusações e decepções foram bem comentadas. Mas Danger Days é um ótimo álbum. Ele traz toda uma nova história, um novo mundo e uma simbologia tocante. Por mais que muitos fãs antigos tenham se afastado da MCR, os que permaneceram (e os novos) entraram de cabeça na trama dos killjoys: fanarts, fanfics, jogos de RPG, não há limites para expandir o que a My Chem criou com apenas 15 músicas e alguns bônus. E por mais que o som um pouco mais "pop" tenha sido desagradável para alguns, não há como negar que o álbum teve grande força. S/C/A/R/E/C/R/O/W, Destroya e The Kids From Yesterday são minhas preferidas.
A banda tem, claro, mais diversas músicas fora dos álbuns; em EPs, em edições especiais, em "studio outtakes", covers. E no momento, estão na ativa com o Conventional Weapons: canções que foram abandonadas no período imediato após o fim da The Black Parade e que agora estão surgindo mensalmente, duas músicas por mês, inundando de nostalgia os fãs mais antigos e dando uma oportunidade única aos mais novos.
MCR é obviamente importante para mim. Ela caiu sobre mim no momento mais perfeito e não me abandonou – não que tivesse escolha. Sim, é algo de fã, mas o fato de eu "não estar nisso sozinha" me deu um impulso de que eu simplesmente estava precisando. E pensar que eu só descobri sobre eles porque uma amiga tomou a bela decisão de me importunar até que eu ouvisse! Assim como também aconteceu com outras bandas que formam o resto dos meus pilares e que pretendo compartilhar com vocês no futuro. Pensando nisso, acho que não há nada mais justo do que passar o conhecimento adiante. Ouça, conheça, sem julgamento; se te tocarem como me tocaram, acredite, o sorriso em seus rostos será agradecimento mais que suficiente.
Com o Natal se aproximando, vou fechar o artigo com um cover que os caras fizeram para uma das músicas mais clássicas dessa época do ano:All I Want For Chrsitmas Is You. Aproveitem e conheçam mais sobre a personalidade deles assistindo ao vídeo (fan-made), que os mostra em alguns momentos particulares.
Espero que tenham gostado, e feliz Natal e Ano-Novo! Vejo vocês em janeiro. ;)
Beijos de Sangue,
A. F. Nascimento.
Colunista – Anacrônico.
Bom pra comecar quero agradecer a autora do conto,pois me proporcionou a alegria de um novo conhecimento,o que sempre e bom.Parabens e Sucesso com o blog.Estarei acompanhando,simplesmente adorei o conto!
ResponderExcluirEu que agradeço por ter lido! :) Fico feliz que tenha gostado!
ExcluirEspero que continue acompanhando o blog e a coluna!
Beijos.