sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Coluna: Anacrônico - Música


Olá a todos! O que acham da "Anacrônico" desse mês ser musical?
Eu estava focada em escolher um álbum para revisar, mas essa acabou por se mostrar uma escolha muito difícil. Qual álbum?, era a pergunta. Então precisei ir mais fundo: qual banda?, e isso foi mais difícil ainda. Música é algo muito presente em minha vida para ser limitada assim.

Deixei minhas execuções decidirem por mim. A banda que eu mais ouvi no último mês foi nada mais, nada menos que a My Chemical Romance, e é dela que vou falar agora.

Primeiro, o básico: foi formada em 2001, em New Jersey, inicialmente por Gerard Way (vocalista) e Matt Pelissier (baterista). Já começaram com impacto: a primeira música, Skylines and Turnstiles, foi escrita por Gerard a respeito dos ataques de 11 de setembro no World Trade Center. Pode-se entender, então, que a primeira frase oficial da banda tenha sido a primeira dessa música: "Você não está nisso sozinho". E ela exemplifica bem o que o MCRmy (os fãs) querem dizer quando afirmam que a banda "salvou suas vidas".

O primeiro álbum veio em 2002, já com Mikey Way (irmão de Gerard), Frank Iero e Ray Toro no grupo, batizado de I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love, ou simplesmente Bullets. Conceitual, o álbum conta a história dos "Amantes Demolidores", misturando sangue, amor e morte em músicas intensas como Our Lady of Sorrows, introspectivas como Demolition Lovers e até mesmo morbidamente divertidas como Headfirst for Halos.

O segundo CD, de 2004, foi o que trouxe a primeira grande leva de sucesso: Three Cheers for Sweet Revenge. Além de continuar com o enredo do primeiro álbum, diretamente ligado à faixa "Demolition Lovers", ele traz uma sonoridade diferente, mas ainda assim forte. Helena, I'm Not Okay (I Promise) The Ghost of You são algumas das minhas favoritas.

Em 2006, Matt já não estava mais com o grupo, e o mais conhecido – e também mais querido dos fãs – baterista Bob Bryar havia assumido seu posto. Nesse ano eles lançaram The Black Parade, na minha opinião seu melhor álbum, mesmo que tenham mudado um pouco mais fortemente a sonoridade. Também conceitual, mas independente dos dois primeiros, TBP fala sobre morte, dor e superação; e ainda com uma pitada de humor.Dead!Mama Famous Last Words mostram bem a ironia, o humor negro e a profundidade da banda em suas letras e melodias. O enredo, com personagens como O Paciente, a Mãe Guerra e suas filhas Medo e Arrependimento, é algo que definitivamente vale a pena ser conhecido. Muitos dizem que o clipe de Welcome To The Black Parade (bem como a própria música) é um resumo do álbum, e eu concordo, além de ser uma música incrível.

 Vejam o vídeo abaixo:





Depois do maior intervalo de tempo até então – ainda que com singles e um cover de Bob Dylan cobrindo o espaço vago – eles lançaram seu quarto álbum, em 2010: Danger Days: The True Lives of The Fabulous Killjoys. Esse provocou um alvoroço diferente entre os fãs. Bob Bryar saíra da banda por motivos desconhecidos, deixando saudades em todo o MCRmy, e o estilo musical se alterou notavelmente; não se parecia com nenhum dos álbuns anteriores, e como consequência do medo que a maioria das pessoas têm de mudanças, as acusações e decepções foram bem comentadas. Mas Danger Days é um ótimo álbum. Ele traz toda uma nova história, um novo mundo e uma simbologia tocante. Por mais que muitos fãs antigos tenham se afastado da MCR, os que permaneceram (e os novos) entraram de cabeça na trama dos killjoys: fanarts, fanfics, jogos de RPG, não há limites para expandir o que a My Chem criou com apenas 15 músicas e alguns bônus. E por mais que o som um pouco mais "pop" tenha sido desagradável para alguns, não há como negar que o álbum teve grande força. S/C/A/R/E/C/R/O/W, Destroya The Kids From Yesterday são minhas preferidas.

A banda tem, claro, mais diversas músicas fora dos álbuns; em EPs, em edições especiais, em "studio outtakes", covers. E no momento, estão na ativa com o Conventional Weapons: canções que foram abandonadas no período imediato após o fim da The Black Parade e que agora estão surgindo mensalmente, duas músicas por mês, inundando de nostalgia os fãs mais antigos e dando uma oportunidade única aos mais novos.

MCR é obviamente importante para mim. Ela caiu sobre mim no momento mais perfeito e não me abandonou – não que tivesse escolha. Sim, é algo de fã, mas o fato de eu "não estar nisso sozinha" me deu um impulso de que eu simplesmente estava precisando. E pensar que eu só descobri sobre eles porque uma amiga tomou a bela decisão de me importunar até que eu ouvisse! Assim como também aconteceu com outras bandas que formam o resto dos meus pilares e que pretendo compartilhar com vocês no futuro. Pensando nisso, acho que não há nada mais justo do que passar o conhecimento adiante. Ouça, conheça, sem julgamento; se te tocarem como me tocaram, acredite, o sorriso em seus rostos será agradecimento mais que suficiente.

Com o Natal se aproximando, vou fechar o artigo com um cover que os caras fizeram para uma das músicas mais clássicas dessa época do ano:All I Want For Chrsitmas Is You. Aproveitem e conheçam mais sobre a personalidade deles assistindo ao vídeo (fan-made), que os mostra em alguns momentos particulares.




Espero que tenham gostado, e feliz Natal e Ano-Novo! Vejo vocês em janeiro. ;)

Beijos de Sangue,
A. F. Nascimento.
Colunista – Anacrônico.
 

2 comentários:

  1. Bom pra comecar quero agradecer a autora do conto,pois me proporcionou a alegria de um novo conhecimento,o que sempre e bom.Parabens e Sucesso com o blog.Estarei acompanhando,simplesmente adorei o conto!

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    1. Eu que agradeço por ter lido! :) Fico feliz que tenha gostado!
      Espero que continue acompanhando o blog e a coluna!
      Beijos.

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